Ratos como em quarentena.
Öykü Penceresi Metni
- Madalena já se sentia desconfortável com esses estranhos em sua casa, portanto decidiu apelar para eles irem embora falando que suspeitava estar com coronavírus. Os estranhos falaram que iriam ficar mesmo assim. Nesse caso Madalena fingiu subir as escadas e ouviu a conversa dos três sobre não poder confiar nela, mas acabou os silenciando por causa de um espirro. Decidiu ir arrumar as camas já que eles haviam parado de conversar.
- Acho que estou infectada pelo coronavírus.
- Vamos ficar mesmo assim.
- Voltando para onde os estranhos estavam, os quatro ficaram em silencio por um tempo até Madalena avisar que já tinha arrumado as camas, fazendo todos subir para os quartos. Madalena só queria que a chuva passasse, eles estavam planejando algo contra ela.
- Não pensei que sentiria tanta falta dele. Nosso casamento era suportável, sem uma paixão ardente e nem nada desse tipo.
- Deitou-se na cama mas não conseguiu dormir, lembrou daquela noite...
- Por um segundo Madalena podia jurar ter visto o marido ali, sentiu ele pegando seu pescoço e a sufocando. Olhou para o homem e só conseguia pensar que aquilo não era real.
- Ele gostava de se sentir superior por ser mais rico, isso o dava prazer. Quando chegou aos 60 os problemas de coração atacaram e em poucos anos morreu de infarto.
- Como sinto falta dele, mas odeio isso, não deveria sentir falta, isso é doentio. E aqueles malditos ratos, aquela noite foi a primeira vez que os vi e hoje de novo.
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