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Öykü Penceresi Metni
- O ENTERRO DA CACHORRA- AUTO DA COMPADECIDA
- Eu vou fugir!
- Não, você fica comigo! Vim encomendar a bênção do cachorro por sua causa e você tem de ficar.
- A mulher chega
- Pobre mulher! Pobre cachorra! Não benzo, não benzo e cabou-se.
- Oi, Padre , pelo amor de Deus, minha cachorra está morrendo! É o filho que eu conheço neste mundo, Padre! Não deixe a cachorrinha morrer, Padre !
- Na Igreja...
- Pensando bem, acho melhor não benzer! O Bispo está aí e eu só benzo se ele der a licença .
- É a mulher com o cachorro. Como é, benze ou não benze?
- Ai, meu Deus, minha cachorra morreu!
- Mas, tem uma coisa, agora o Padre enterra a cachorra! E tem que ser em latim. De outro jeito não serve.
- É, em latim é que serve!
- É mesmo, morreu!
- Que é isso? Que é isso? Cachorra com testamento?
- Que animal inteligente! Que sentimento nobre!
- Vai ser difícil o testamento da cachorra na parte do dinheiro que ela deixou para o Padre e para o Sacristão.
- Em troca do enterro em latim, deixaria no testamento dela dez contos de réis para o Padre e três para o Sacristão..
- Xaréu: absolve, domine, animas, omnium, fidelium, defectorum ab omni vinculo delictorum.
- Se é assim, vamos ao enterro. Como se chama a cachorra?
- Xaréu.
- Amém.
- Amém.
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