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Av2 psicopato

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  • Slayt: 1
  • Sejam bem-vindos(as) a mais um episódio de Psicologizando: onde a vida real encontra a teoria de forma descomplicada e acessível para todos!
  • Sim.
  • Obrigada! Há seis meses eu comecei um tratamento prescrito pela psiquiatra, mas não tenho sentido melhora. Na realidade, tenho me sentido pior...
  • Tem dificuldade para acordar?
  • Sim.
  • Bom dia, dra. Eu sou bancária e há mais ou menos 2 meses, eu estava trabalhando quando a minha agência foi terrivelmente atacada por assaltantes. Foi uma cena de filme de terror... o barulho dos vidros quebrando, porque foram metralhados, as pessoas gritando... por alguns segundos fiquei em estado de choque, sem reação...
  • No episódio de hoje iremos contar a história vivida por Maria, que culminou no desenvolvimento da síndrome de pânico, e todo o percurso percorrido por ela em busca de ajuda para lidar com essa condição!
  • Me sinto menos funcional, parece que perdi o controle da minha vida... a taquicardia melhorou, as crises de falta de ar diminuíram um pouco, mas agora apareceram uns tremores, eu passo o dia...
  • Slayt: 2
  • Maria é funcionária de um banco e trabalha numa agência no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Num dia comum de trabalho, sua agência é surpreendida pelo brutal ataque de uma quadrilha de assaltantes de banco. No mesmo horário em que a fachada do banco é metralhada, a irmã de Maria deveria estar entrando na agência.
  • Slayt: 3
  • Correria, gritaria, escondida no banheiro com outros colegas, quando chega a notícia de que duas pessoas teriam morrido. Seria uma dessas pessoas a irmã de Maria? Apavorada, temendo pela própria vida, Maria precisou lidar também com a possibilidade de ter perdido a própria irmã durante o ataque! Vamos acompanhar mais esse recorte da vida real?!
  • Slayt: 4
  • No consultório da psiquiatra...
  • Bom dia! A senhora é a Dona Maria, né? Por favor, conte o que a senhora está sentindo.
  • Slayt: 5
  • Dona Maria, desculpe-me por interromper, mas é porque eu preciso saber o que a senhora está sentindo, porque a senhora veio até aqui. Eu lamento demais pelo que a senhora passou, deve ter sido muito difícil, mas esse fato em si não vai me ajudar a lhe ajudar. Ficou lá atrás! Eu quero saber é do hoje!
  • Desculpa, dra. Eu achei que fosse importante saber. Desde que passei por isso, minha vida mudou. De início, eu só não conseguia dormir, tinha suor frio, minha cabeça ficava leve, parecia que meu cérebro estava flutuando dentro da minha cabeça.
  • Slayt: 6
  • E que horas isso acontecia?
  • Era mais de madrugada, quando todo mundo ia se deitar e eu ficava só. Eu fiquei de licença e, durante dia, sempre tinha alguém comigo. Mas a noite, todo mundo ia dormir e eu ficava só na companhia dos meus pensamentos, lembranças.
  • Aí quando voltei a trabalhar tudo piorou: eu sinto muita taquicardia, vai faltando ar, eu me sinto asfixiada, meu corpo fica formigando, parece que eu vou morrer. Já chegaram até a chamar a ambulância no meu trabalho. Mas me levaram para o hospital e todos os exames deram bons. Na última vez, o médico disse para procurar um psiquiatra. Aí eu estou aqui!
  • Slayt: 7
  • O que a senhora sente se encaixa bem direitinho como síndrome do pânico. Ainda tem dificuldade pra dormir?
  • Slayt: 8
  • Pronto! Está aqui sua receita! Vou te passar esse antidepressivo. Ele é novo no mercado, mas é ótimo!!!! Vou até te dar umas amostras grátis pra você já começar logo o tratamento. Ele é incrível, mas tem uns efeitos colaterais, porque nada na vida é 100 %, não é mesmo?
  • Então eu vou te passar também esses daqui: esse para libido, esse daqui para náusea, esse outro pra estimular teu apetite, esse daqui pra te ajudar com a insônia, porque tu já tens e ele ainda piora um pouquinho, esse daqui pra acordar, porque esse da insônia é forte, e por último, esse complexo vitamínico pra te dar disposição para o dia. E hidrata bem tua pele e tua boca porque podem ficar ressecados. Em 1 mês tu vai estar melhor do que antes!!!! Esse remédio faz milagre!
  • Slayt: 9
  • É indiscutível a importância dos medicamentos no tratamento de algumas condições psicológicas. Graças às pesquisas da indústria farmacêutica, o tratamento de determinados tipos de pacientes, fora de instituições psiquiátricas tornou-se uma realidade.
  • Todavia, não podemos ignorar o impacto que estes trazem para a saúde geral e qualidade de vida dos pacientes. Da mesma forma, o surgimento de manuais diagnósticos possibilitou diagnósticos mais precisos e padronizados, evitando distorções.
  • Será que o encaixe dos sintomas da Maria numa psicopatologia prevista no DSM – CID será o suficiente para explicar seu processo de adoecimento? Os remédios que visam a tratar apenas os sintomas conseguirão melhorar seu quadro, mesmo causando tantos efeitos colaterais? É o que iremos ver no nosso próximo bloco!
  • Slayt: 10
  • Bom dia, Maria! Pode escolher se quer sentar na poltrona ou no sofá: onde ficar mais confortável para você!
  • Obrigada!
  • Slayt: 11
  • Posso falar?
  • Claro! Esse espaço é todo seu. Aqui é um ambiente seguro para você falar o que quiser!
  • Slayt: 13
  • Maria, vamos com calma! Tudo que você falou até agora é muito importante e, com certeza, se você me procurou é porque isso está lhe causando sofrimento. Até agora você me falou dos sintomas, de como eles lhe afetam, mas você é muito mais do que isso.
  • Todos nós somos seres complexos, singulares e temos nossas experiências de vida. Eu acredito que em algum momento, antes desses sintomas aparecerem, algo aconteceu com você. Você saberia dizer o que foi? Tem algo que você considera importante e que gostaria de me contar?
  • Slayt: 14
  • Então eu posso falar? Não é besteira, nem frescura minha? A psiquiatra não me deixou contar, disse que falar sobre o que aconteceu não ia me ajudar. É para começar de onde?
  • Psiquiatras e psicólogas são de áreas que se ajudam, mas que percorrem caminhos muito diferentes. Não cabe a mim criticar a profissional, ela deve ter feito o que foi ensinada a fazer.
  • Mas quero dizer pra você, de antemão, que se o que aconteceu te causa sofrimento, não é besteira, nem frescura sua e eu me importo, sim, com que você tem para falar.
  • Slayt: 15
  • Você vai começar por onde você considerar importante. Que situação, problema está te incomodando tanto ao ponto de te trazer aqui?
  • Há 8 meses a agência bancária que eu trabalho, em São Marcos, no RN, foi assaltada. Várias agências da região já tinham sido assaltadas e a gente escutava os comentários dos colegas falando da violência dos bandidos. Cheguei a perder um amigo baleado.
  • Teve gerente que a família foi feita de refém para obrigar ele a abrir o cofre, sendo que ele não tinha como abrir porque o cofre é programado para abrir nas horas certas.
  • Slayt: 16
  • Então eu já tinha muito medo, porque onde esses bandidos chegam o caos vai junto. Todo mundo trabalhava tenso.
  • No dia do assalto, eles chegaram metralhando a fachada do banco. Estava tudo tranquilo, quando do nada começa aquele barulho de tiros sem fim, os vidros quebrando, as pessoas desesperadas gritando.
  • Meu mundo desabou... fiquei em estado de choque... eu queria correr para me esconder, mas não conseguia porque eu tentava ver minha irmã. Ela tinha acabado de me ligar dizendo que estava quase chegando no banco, pouco depois começou o ataque dos bandidos.
  • Slayt: 17
  • Uma amiga minha foi que saiu me puxando pra entrar no banheiro... aí chegou um colega dizendo que viu 3 pessoas mortas e que tinha muita gente ferida... e a gente ficou no banheiro, escutando a gritaria e os sons dos tiros cada vez mais perto da gente...
  • Como foi para você vivenciar essa experiência?
  • Eu mudei! Eu nunca mais fui a mesma! Eu nunca senti tanto medo, impotência na minha vida. Eu só pensava que se eu morresse, tudo bem, mas a minha irmã tinha um bebê de um aninho e ela estava indo na agência por culpa minha, então se ela morresse era culpa minha.
  • Slayt: 18
  • Eu esqueci de levar um documento e ela estava indo na agência só para me ajudar, levando o documento... Graças a Deus que, no caminho para o banco, ela parou antes na padaria. A partir desse dia eu não consegui mais ir trabalhar! Estou de licença.
  • Eu mal saio de caso e quando realmente sou obrigada a sair eu confiro 1000 vezes se estou levando tudo que preciso. Eu evito dirigir porque já tive uma crise de pânico dentro do carro...
  • Meu coração começou a bater forte, eu não conseguia respirar minhas mãos travaram, meu corpo inteiro formigava, parecia que eu estava morrendo... tem um determinado momento que não lembro direito o que aconteceu, não lembro como foi que cheguei no hospital.
  • Slayt: 19
  • E você sentiu alguma melhora depois que começou os medicamentos?
  • No começo eu me sentia como se estivesse em câmera lenta, não lembrava das conversas que tinha tido com as pessoas, passei a dormi muito durante dia. A médica disse que era pra ter paciência, que levava um tempo para o organismo se acostumar com a medicação.
  • Com o tempo a taquicardia melhorou, as crises de falta de ar diminuíram, mas, como eu disse no começo, apareceram uns tremores.
  • Eu me sinto como se fosse mais lenta e o pior: quando a psiquiatra tenta fazer o desmame do remédio, com poucos dias eu tenho uma crise de pânico, aí tenho que voltar a usar na dosagem cheia.
  • Slayt: 20
  • Eu preciso seguir minha vida, eu quero ter o controle da minha vida de novo... em quanto tempo eu vou ficar boa?
  • Maria, eu entendo sua angústia em querer ter, como você colocou, o controle da sua vida de volta, mas eu não tenho como te dizer quanto tempo vai levar para isso acontecer.
  • Nós psicólogos trabalhamos com o entendimento de que o sintoma é só a exteriorização de algo muito maior que acontece no seu íntimo e que só você tem acesso.
  • Se esse algo maior está na base do sintoma e eu não cuido dele, tratar apenas o sintoma, como você mesma está me trazendo, não vai resolver o problema.
  • Slayt: 21
  • Nós precisamos olhar para todo o processo de adoecimento e não apenas para o sintoma. Você vivenciou uma experiência muito difícil, que trouxe consequências para sua vida.
  • O que eu posso falar sobre o tempo, é que cada paciente tem o seu.
  • O que eu posso lhe prometer é que eu vou dar o meu melhor como psicóloga, utilizar todo meu conhecimento para lhe ajudar da melhor maneira durante o seu processo.
  • Você não vai estar só e vai ter em mim e nesse espaço um ambiente acolhedor e empático, no qual você pode expor suas emoções e experiencias em segurança.
  • Slayt: 22
  • O que você acha? Faz sentido para você?
  • Faz todo sentido para mim! Só em poder falar um pouco sobre isso, sem me sentir julgada, invalidada já vai me fazer sair daqui mais leve e fazia muito tempo que eu não me sentia assim!
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