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- Silveira...levou um tiro na nuca, sentado no banco do jardim, ninguém viu nem ouviu nada. Quem descobriu que ele estava morto foi a acompanhante de uma senhora em cadeira de rodas. ela se sentou em uma das pontas do banco e conversava com a senhora cadeirante. Meia hora depois notou que o homem sentado na outra ponta de cabeça caída sobre o peito não tinha movido nenhum dedo. Primeiro pensou que ele estivesse dormindo, mas logo viu que tinha algo de errado. Levantou-se para olhar. foi quando viu o sangue no colarinho.
- Pouca coisa. O tiro foi dado à queima-roupa com a vitima de costas para o assassino, que pode ter se aproximado silenciosamente por traz pela grama. O barulho do transito das duas avenidas á bastante para abafar o ruido de uma arma com o silencioso. serviço de profissional
- Naquele outro banco. A senhora não fala, mas a acompanhante entende os gestos dela, que não demonstrou estar espantada
- Vejo você na delegacia.
- Onde está a mulher e a senhora?
- O que você conseguiu descobrir?
- O que houve?
- Porque Silveira estava naquele local? Porque alguém escolheria um local público, uma praça para matar a tiro um policial?Primeira hipótese: porque é o melhor lugar para se matar um policial. Segunda hipótese: porque calhou de ser aquele lugar. Ultima hipótese: porque o policial e o assassino marcaram um encontro naquele lugar.
- A ultima resposta é indiscutivelmente a melhor entre as três.
- ...
- Ninguém sabe de nada, ninguém viu nada.
- Parece que o Silveira morreu de um ataque no coração e não com um tiro na cabeça teve até gente dizendo que ele foi vitima de bala perdida. O que o senhor acha que aconteceu?
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