Na mesma cidade de Clara, vivia Cassi Jones, um músico sedutor de boas condições sociais, que só queria tirar das moças inocentes prazeres sexuais.
Quando a polícia, ou responsáveis pelas vítimas, punham - se em campo para processá-lo, ele corria à mãe, Dona Salustiana, chorando e jurando sua inocência.
A mãe recebia-lhe a confissão, mas não acreditava; entretanto, repugnava-lhe a ver o filho casado com uma criada preta, ou com uma pobre mulata costureira, ou com ua mocça branca costureira
Este rapaz é um perveso, é sem-vergonha. Era preferível que ele fosse para a cadeia.
O pai desse Cassi era verdadeiramente um homem sério. Nunca fora afetuoso: eviatava até todas exibições e exageros sentimentais: era porém, capaz de amá-los e também exercerseu dever paterno.
Mas tudo isso já passou, Maneco. Você quer que o seu filho vá para a cadeia? Porque, casar com essas biraias, ele não se casa.
Cassi logo a viu e a teve como boa presa, apesar de nâo ser totalmente sem apoio. Quis entabular namoro, na própria casa do pai, quando Nair vinha receber lições da irmã dele.
Nair, era filha única.Ela tinha tendência na música e resolveu se aproximar de Catarina. Contava 18 anos, muito risonha, de um amorenado sombrio, cabelos muito negros, pequenininhae viva dos olhos irrequietos e luminosos.
Minha senhora, eu não posso fazer nada. Meu filho é maior.
Mas, se a senhora o aconselhasse, como mãe que é, e de filhas, talvez obtivesse alguma coisa. Tenha piedade de mim e da minha.
Enfim, a pequena Nair, inexperiente, acreditou nas lábias de Cassi e deu o passe errado. A mãe veio a descobrir - lhe a falta, que se denunciava pelo estado de seu ventre.
Sem ser psicólogo nem coisa parecida, inconscientemente, Cassi Jones sabia aproveitar o terreno propício desse mórbido estado d'alma de suas vítimas, para consumar os seus horripilantes e covardes crimes; e, quase sempre, o violão e a modinha eram seus cúmplices