Juana Azurduy Bermúdez nasceu em 12 de julho de 1780, num pequeno povoado da região de Potosí, pertencente ao vice-reinado do Alto Peru, era filha de um rico fazendeiro espanhol com uma nativa indígena.Ficou órfã na juventude e decidiu que se tornaria freira, mas sua rebeldia se tornou a causa de sua expulsão do convento aos 17 anos.
Aos 25 anos de idade apaixonou-se pelo amigo de infância, Manuel Ascencio Padilha, e com ele se casou. Manuel também possuía os mesmos ideais libertários e quando, em 1805, explodiu a revolução na região de Chuquisaca, os dois tomaram lado junto aos rebeldes e lutaram, mesmo tendo suas cabeças colocadas a prêmio.
Em 1812 Manuel e Juana estavam integrados às tropas de Manuel Belgrano, herói da independência política argentina, onde Juana se destacou frente aos pelotões devido a sua valentia e liderança, que levou seu exército a vitória no ataque ao Cerro de Potosí em 1816 e então sendo elevada ao posto de Tenente-Coronela.
Na batalha de La Laguna, ela foi ferida gravemente e seu marido, na tentativa de resgatá-la, ele foi morto e teve seu corpo exposto ao público, porém teve seu corpo resgatado.Ao encontrá-la em condição de miséria, em 1825, o grande libertador Simón Bolívar reconheceu que Juana era uma heroína da independência e concedeu-lhe o grau de coronela.
A Coronela Azurduy foi uma das maiores expressões da luta pela independência nos campos da Bolívia e da Argentina e morreu como indigente no dia 25 de maio de 1862, aos 80 anos de idade.Em homenagem póstuma, ela foi nomeada Heroína Nacional da Bolívia em 1962.