Façam o que lhes disse. Já, sem mais detença! Não apaguem esses brandões; encostem-nos aí fora no patim.
Madalena! Minha querida filha, minha Maria, Jorge ainda bem que aqui estás, preciso de ti: Sei que é tarde e que são horas conventuais; mas eu irei depois contigo dizer a "mea culpa" e o "peccavi" ao nosso bom prior
Miranda, vinde cá.
Pois coitados!
Nada, não vos assusteis mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo os governadores querem sair da cidade...É um, capricho verdadeiro...Depois de aturarem metidos a li dentro toda a força da peste.
Coitado do povo-que mais valem as vidas deles?
Não, Maria.
Não é isso, não é isso: é que vos tenho lido nos olhos...Oh! que eu leio nos olhos, leio!...e nas estrelas do céu também, e sei cousas...
Que estás a dizer, filha, que estás a dizer?...não te quero ouvir falar assim.
Ora vamos. Anda cá, Maria; conta-me do teu jardim, das tuas flores. Que flores tens tu agora? O que são essas?
Estas são popoulas que fazem dormir; colhi-as para as meter debaixo do meu cabeçal esta noite; quero-a a dormir de um sono, não quero sonhar, que me faz ver coisas...lindas ás vezes extraordinárias e confusas...
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