A colheita começava no final de julho e se estendia por meses. A cana cortada era separada e limpa. Depois, era transportada em carros de boi para ser moída. Todo esse trabalho era desenvolvido por pessoas escravizadas.
No primeiro plantio, a cana-de-açúcar levava de 15 a 18 meses para amadurecer. Depois, nos três anos seguintes, havia nova colheita a cada nove meses, sem necessidade de replantio. Além de ter sua própria plantação, os senhores de engenho costumavam comprar a cana de alguns lavradores donos de terras.
Para obter o caldo da cana, utilizava-se uma moenda – máquina utilizada para moer/triturar algum item. Os tipos de moenda mais comuns no Brasil eram aqueles movidos pela força das águas ou pela força animal, sendo utilizados bois ou cavalos para este fim
As moendas movidas pela força das águas, denominadas reais, eram as melhores, pois permitiam o processamento de um volume maior de cana. Era necessário, porém, que o engenho fosse construído próximo de uma fonte de água em desnível, para possibilitar o funcionamento das rodas-d'água.
Após a moagem, o caldo da cana era fervido e clarificado em tachos de cobre até ficar suficientemente limpo. Nessa etapa – que demorava horas –, o caldo se transformava em ummelaço, prestes a se cristalizar naturalmente. Essa tarefa contava com a presença de alguns homens livres e remunerados, encarregados de identificar a temperatura exata da fervura.
Na casa de purgar, o melaço era despejado para secar em fôrmas de cerâmica em forma de cone. Essas fôrmas tinham um orifício por onde escorriam o excesso de água e as últimas impurezas.
Depois de um mês, o açúcar estava pronto. Da fôrma saíam pedaços endurecidos, chamados de pão de açúcar. Os de melhor qualidade eram os de cor branca. O açúcar marrom (mascavo), de menor qualidade, era vendido a um preço mais baixo.
FOI ISSO!!
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