Unknown Story
Texte du Storyboard
- E ao sol-posto umas seisléguas da terra, lançamos ancoras, em dezenove braças — ancoragem limpa. Alificamo-nos toda aquela noite.
- E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundodisseram os navios pequenos que chegaram primeiro. Então lançamos fora os batéis e esquifes.
- E o capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. Acudiram pela praia homens aos dois e aos três, quando o batel chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito ou vinte. Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos.
- O capitão mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôra mão. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; não gostaramdele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora.
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- E ali com todos nós outros fez dizermissa, a qual disse o padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes que todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.
- E o Capitão mandou aquele degredado Afonso Ribeiro e a outros dois degredados que fossem meter-se entre eles; e assim mesmo a Diog Dias, por ser homem alegre, com que eles folgavam. E aos degredados ordenou que ficassem lá esta noite. Foram-se lá todos; e andaram entre eles. E segundo depois diziam, foram bem uma légua e meia a uma povoação, em que haveria nove ou dez casas, as quais diziam que eram tão compridas, cada uma, como esta nau capitaina.
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