[...] O grego, sentado à beira mar, gemia e chorava contemplando as ondas . Calipso fez o deus sentar-se em um trona brilhante e perguntou:
Por que viestes Hermes? São tão raras as tuas visitas.
Zeus mandou que eu viesse , contra a minha vontade. Quem teria vontade de atravessar tanta água salgada? Mas um deus tem de obedecer ao que Zeus ordena, Está contigo o mais infeliz dos homens.
Sois cruéis, deuses, com inveja de uma deusa amar um homem. Mas fui eu que o salvei, quando seu navio se partiu em dois no mar cor vinho. Eu o alimentei e pretendia torna-lo imortal. Mas não se pode contrariar uma ordem de Zeus
Ao ouvir dizer isso, a ninfa pôs diante do deus uma mesa cheia de ambrosia e néctar. Hermes comeu e bebeu. Depois disse:
Depois de lutar em Troia partiu para casa, mas por causa de uma tempestade veio parar aqui. Todos os seus companheiros morreram. Zeus manda que tu o deixes parir o mais cedo possível.
Depois que Hermes partiu, Calipso foi ter com Odisseu. À beira-mar tinha os olhos nunca secos de lágrimas, só pensando na volta pra casa.
Odisseu desconfiado, fez que a ninfa jurasse solenemente que não havia ali nenhuma intenção oculta, afinal atravessar os abismos do mar com uma jangada...
Infeliz, chega de choro, Vou deixar você ir embora. Corte troncos e faça com eles uma jangada. Eu lhe darei comida, água e vinho. Enviarei vento transportá-lo para sua terra, se assim o quiserem os deuses.