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Clara dos Anjos - Cap 2

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Clara dos Anjos - Cap 2
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  • CAP 2 - CLARA DOS ANJOS
  • Na mesma cidade de Clara, vivia Cassi Jones, um músico sedutor de boas condições sociais, que só queria tirar das moças inocentes prazeres sexuais.
  • Quando a polícia, ou responsáveis pelas vítimas, punham - se em campo para processá-lo, ele corria à mãe, Dona Salustiana, chorando e jurando sua inocência.
  • A mãe recebia-lhe a confissão, mas não acreditava; entretanto, repugnava-lhe a ver o filho casado com uma criada preta, ou com uma pobre mulata costureira, ou com ua mocça branca costureira
  • Este rapaz é um perveso, é sem-vergonha. Era preferível que ele fosse para a cadeia.
  • O pai desse Cassi era verdadeiramente um homem sério. Nunca fora afetuoso: eviatava até todas exibições e exageros sentimentais: era porém, capaz de amá-los e também exercerseu dever paterno.
  • Mas tudo isso já passou, Maneco. Você quer que o seu filho vá para a cadeia? Porque, casar com essas biraias, ele não se casa.
  • Cassi logo a viu e a teve como boa presa, apesar de nâo ser totalmente sem apoio. Quis entabular namoro, na própria casa do pai, quando Nair vinha receber lições da irmã dele.
  • Nair, era filha única.Ela tinha tendência na música e resolveu se aproximar de Catarina. Contava 18 anos, muito risonha, de um amorenado sombrio, cabelos muito negros, pequenininhae viva dos olhos irrequietos e luminosos.
  • Minha senhora, eu não posso fazer nada. Meu filho é maior.
  • Mas, se a senhora o aconselhasse, como mãe que é, e de filhas, talvez obtivesse alguma coisa. Tenha piedade de mim e da minha.
  • Enfim, a pequena Nair, inexperiente, acreditou nas lábias de Cassi e deu o passe errado. A mãe veio a descobrir - lhe a falta, que se denunciava pelo estado de seu ventre.
  • Sem ser psicólogo nem coisa parecida, inconscientemente, Cassi Jones sabia aproveitar o terreno propício desse mórbido estado d'alma de suas vítimas, para consumar os seus horripilantes e covardes crimes; e, quase sempre, o violão e a modinha eram seus cúmplices
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